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shows e ferveção no verão barriga-verde

Janelle Monae se apresenta no Brasil neste mês com Amy Winehouse

Nesse final de semana – sábado 8/1 – rola o show da Amy Winehouse aqui em Floripa. É estranho e engraçado que a mídia estadual – monopolizada quase totalmente pelo grupo RBS, filiado da Globo – simplesmente não comenta o show a Amy como também não fala do festival Creamfields. Os jornais, sites, rádios e TVs da RBS só falam do festival Planeta Atlântida, que tem um lineup de morte! Misturaram sertanejo, eletrônico, rock…

Será que ela ainda não foi no dentista?

Voltando a falar da Amy, que já foi muito mais badalada, lembro que recentemente li que ela pediu pra cacelarem os shows de Janelle Monae da turnê do festival brasileiro Summer Soul. Os shows acontecerão em Floripa, Recife, São Paulo e Rio, e inclui as duas cantoras e ainda o cantor, produtor, compositor, engenheiro de som, DJ, rapper e multi-instrumentista Mayer Hawthorne. Mas é de Janelle Monae que mais se fala ultimamente. Ela virou destaque mundial depois de lançar o álbum  “The Arch Android” em maio do ano passado. A fofoca é que Amy estaria com medo de enfrentar a futura nova diva da canção pop e mandou tirarem a norte-americana. Pra saber mais sobre ingressos e datas dos shows clique aqui. E que tal se deliciar um pouquinho com a Janelle?

Eu não ganho jabá da RBS, mas passo pra vocês os cronogramas de shows do Planeta Atlântida logo abaixo. Serão dois dias de apresentações em um parque na praia de Canasvieiras, norte da Ilha de Santa Catarina. O comentário sobre o festival fica no nível “tem de tudo pra todos”.

Sexta-feira (14/01)
17h30 — Iriê + Dazaranha (bandas de Floripa)
18h40 — Michel Teló
20h — Chimarruts
21h30 — Capital Inicial
23h — Armandinho
0h30 — Luan Santana
02h — Monobloco
03h30 — Infected Mushroom

Sábado (15/01)
17h30 — Restart
18h40 — Santograau + Nego Joe
20h — Jeito Moleque
21h30 — Nando Reis
23h — SOJA
0h30 — Guilherme & Santiago
02h — Charlie Brown Jr.
03h30 — Life is a Loop

O germano-chileno Loco Dice é destaque do Creamfields

E no sábado 22/1 acontece o festival Creamfields, que você já leu aqui. O lineup permanece o que divulguei aqui no +1teko, e que considero bem fraco, visto que outros grandes nomes como Laurent Garnier e Michael Meyer estarão circulando pelo país por esses dias. Aliás, ambos se apresentam nos clubes D-Edge (SP) e Warung (SC), e no ano passado Meyer abriu o ano numa noite ótima no Warung que contei aqui. Então, quem vier a Floripa curtir a balada eletrônica vai dar de cara com os seguintes DJs: Erick Morillo, Loco Dice, Etienne de Crecy live (deve ser o mesmo show que rolou em São Paulo em 2009, veja o vídeo abaixo), Hernan Cattaneo, Above & Beyond, Gui Boratto live, Guy Gerber, Raresh, Anderson Noise, Felguk live, Soundexile, Southmen, Ask2Quit, Hands Up, Deep Mariano, Cromo Audio e House of Jazz. Obviamente, tem muita gente nessa lista que não tenho ideia do som que toca, mas não tem nada de inovador ou up-to-date, que é o que se espera de um festival da grife Creamfields. Sobre o festival em Santa Catarina leia aqui.

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percurso do ciclo 2010

Vem chegando o verão e a gente começa a relembrar a estação quente passada, e as outras três estações que deram a temperatura do ano, que já vai terminando. Retrospectiva. Ciclo. É o fim, e também o começo. A gente tenta pegar algumas faíscas, uns flashes (back). Mas também quer esquecer, relaxar, deixar a vida fluir, curtir o novo sol. Na onda da última semana de 2010, me preparo para os 365 dias de 2011 – sempre ancioso pra saber se o mundo vai acabar mesmo em 2012!

Pesquei na memória alguns momentos de 2010, ano final da primeira década do Século XXI.

Mais uma vez a luz de Schwanke se acendou. No dia 17/12 foi lançado em Florianópolis o livro “Percusro do Círculo” que apresenta trabalhos e textos do artista plástico joinvilense Luiz Henrique Schwanke (1951-1992). Mais uma vez a companhia da arte de Schwanke tomou vários dos meus dias neste ano. Primeiro foi o convite para pesquisar e revirar correspondências, textos, projetos e obras de Schwanke para formatar um livro. O belíssimo livro, com dvd do documentário “À Luz de Schwanke” que co-dirigi com Maurício Venturi em 2008, foi mais uma parceria com a amiga Kátia Klock. A publicação tem edição especial da Vanessa Schultz, que caprichou no formato e diagramação. Ainda no verão, “Percurso do Círculo” será lançado em Joinville e São Paulo, mas tem que ter sorte par conseguir um exemplar, já que serão distribuídos cerca de mil  exemplares, a priori para bibliotecas, escolas, universidades e museus de Santa Catarina.

A apresentação dos produtores Azari & III pra poucos – eu entre eles – em festinha íntima em São Paulo foi super legal! Eu ainda tive de chegar nos caras e pedir “please, play Hungry for Power”. A noite terminou em alta!

Entrada do clube Warung

Ah! E teve a primeira noite de 2010 no clube Warung, de frente para a Praia Brava, em Itajaí. Na cabine com Michael Meyer (o dono do selo Kompakt) e Gui Boratto.

O clube Clash virou palco do melhor show do ano – Caribou. A banda do prodígio canadense ….. fez um show memorável com muita energia, imagens bacanas e bela e improvável disposição dos quatro músicos no palco (bateria à frente quebrando todas!). Ouvi e toquei o álbum …. inúmeras vezes! (na foto acima) E vou continuar tocando.

Super-Gêmeos, ativar! Já estava esquecendo da kiriDJinha, primeira festa que eu e Atum promovemos juntos e deu super certo (as usual). O bar Volt não poderia ter sido palco melhor pra festa e fico contente de ter feito ótimos amigos por lá e ter trabalhado com o querido staff do Volt. Dia 13 de janeiro a kiriDJinha retorna com muitos discos velhos, e novos também! Atum e eu esperamos todos lá no bar dos neons!

Patins usados por Laurie Anderson, em São Paulo

E a toda hora lembro de alguma coisa! Dois ícones da arte que tive o prazer de ver – Laurie Anderson e Philip Glass. Duas performances e tanto! Pode até ser que tenha sido meu entusiasmo em vê-los ao vivo pela primeira, isso depois de eu viver facinado com os dois e outros pós-modernos desde os anos 1980. Vi Laurie Anderson tocando violino sobre patins com lâminas congeladas, no CCBB; era o começo pra ver a exposição das obras dela que ao meu ver foi uma das melhores do ano em São Paulo. Tentei ver Philip Glass tocando piano, mas ele estava escondido dentro de uma instalação de Carlito Carvalhosa, na Pinacoteca do Estado. Me restou perambular pelo museu e apreciar as obras de arte ao som de Glass ao vivo! Dois belos momentos das artes em 2010. Ops! Ia esquecendo da exposição de obras de Keith Haring. Foi surpreendente e me despertou ainda mais para o graffiti e a street art nesse ano. Belíssima exposição!

Ainda inacabado, o documentário sobre o bairro do Cambuci estará pronto no começo de janeiro. Dei uma força (roteiro e montagem) pro amigo Fausto Nocetti que dirigiu o doc, que tem como pontos altos um passeio com osgemeos Otávio e Gustavo pelo bairro contando como aprenderam a grafitar e cenas inéditas de um filme 35mm com Alfredo Volpi preparando tintas (têmpera) e tela e dando a primeira pincelada num quadro. Aguardem que vai rolar na TV Cultura!

Tá faltando outras muitas coisas, mas não lembro agora… Feliz Ano Novo!

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na cabine com pedro hering… + michael mayer e gui boratto

Praia Brava, Itajaí (SC), em frente ao club Warung

Muita gente está perguntando como foi a minha primeira noitada de 2010… Bom, fiquei na cabine de som na conversinha-dancinha com Michael Mayer e Gui Boratto a convite de Pedro Hering, o simpaticíssimo RP do Warung. Aliás, o título desse post refere-se ao programa de rádio do Pedro – que está fora do ar no momento e que volta em breve! – que apresenta sets de vários DJs brasileiros e uma ótima seleção musical pessoal, afinal ele é do meio. Mas a estrela da noite (de lua cheia) me aguardava depois daquela memorável e longínqua noite no D-Edge há quatro anos…

Michael Mayer @ Warung Beach Club

Vamos começar pelo final… Michael Mayer fez um set incrível no Warung Beach Club, em Itajaí (SC), na primeira noite de 2010. O alemão entrou no som logo depois de Gui Boratto ter colocado fogo na pista lotada. Era quase 6 horas da manhã quando Mayer começou um set movido a sons old school – entre disco e pop – em meio a techno e house com BPMs baixas, porém dançantes o suficiente pro povo gritar e levantar o braços. Difícil decifrar tudo o que ele tocou, mas me confessou horas antes que está bem interessado em misturas sonoras e não num techno pesado e cadenciado no estilo bombação. Que ele é um dos caras chegados ao minimal (via seu selo Kompakt) todos sabem, mas do minimal sobrou apenas a velocidade baixa e atmosferas ambient com vocais bem sutis. Ah! Não pense que ele enveredou pela nu-disco, tá? Ao contrário, o DJ tirou do case bolachas (sim! ele só toca com vinis) incrivelmente dançantes, o som ficava mais potente e parar de dançar era impraticável. Teve uma hora que a pista gritou, todos na cabine gritarame e fui obrigado a perguntar pra ele que som estava rolando – um vício meu, mas que cai no esquecimento momentos depois. Não foi o caso. Mayer me passou a capa do disco: “Like You” (SuperMayer mix). Música de Gui Boratto de 2006 remixada por Mayer e Superpitcher. O povo no gargarejo também queria saber que música rolava e Mayer passou a capa pra pista de dança! O dia ía amanhecendo e ninguém queria arredar pé do Warung, até que soou 8h30 e precisei voltar pra Floripa. Não é fácil viajar de Floripa a Itajaí só pra uma balada e na volta pegar a BR 101 com o sol a pino. Mas é claro que eu e minha irmã Gisa não resistimos ao visual matinal ensolarado e tiramos fotos na praia em frente ao club antes de voltarmos pra capital pra não esquecermos que 2010 começou maravilhoso.

Antes de Mayer engrenar nos toca-discos fiquei de papo com ele e Gui Boratto na cabine. Gui estava entusiasmado com essa primeira gig junto com Mayer no Brasil, também explicou um pouco do seu live set e confessou estar um tanto cansado de tocar tantas festas nessa virada de ano. Gui passou o comando da noite ao alemão que o descobriu em 2005 com um longo e afetuoso abraço. Na pista de dança, as pessoas faziam reverência a Gui, que se comunicava com eles o tempo todo. O set de Gui misturou seus hits numa levada mais tech house com momentos de bastante bombação, que era o que o povo queria.

Os dois DJs que abriram a noitada – Daniel Kuhnen e Fabrício Peçanha – fizeram bonito, ao ponto de Mayer me perguntar sobre o catarinense Daniel Kuhnen. Ele fez o warm up bem no comecinho da festa com um som leve e gostoso. O gaúcho Fabrício Peçanha fez um set incrível, moderando na bombação e investindo em músicas suaves, funkeadas e grooveadas na medida pra começar o incêndio entre os dançarinos, que, como disse antes, aguardavam o ídolo Gui Boratto e o super-simpático Michael Mayer. O ano começou tão bem que agora não sei se algum DJ ou alguma festa vão superar essa festança do Warung na primeira noite de 2010.

Fotos: Gisa Brasil

Michael Mayer

Gisa fervendo

Na cabine com Pedro Hering

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exclusivo!!! michael mayer observa beija-flores na praia de toque-toque (sp)

A chuva chegou forte e persistente ao litoral catarinense, mas minhas perspectivas de curtir Michael Mayer no primeiro dia de 2010 (próxima sexta-feira) continuam firmes. Anteontem encontrei o DJ e produtor alemão via e-mail, ele me disse que está na praia de Toque-Toque, na cidade paulista de São Sebastião, e não vê a hora de tocar no club catarinense Warung, na Praia Brava em Itajaí.

Há quatro anos, Mayer foi o primeiro grande DJ a se apresentar no D-Edge no começo do ano, mais precisamente em 07/01/06. Como trabalhava no club paulistano foi fácil conversar com ele depois do ótimo set de cerca de três horas. Simpático desde o primeiro momento, Mayer estava sorridente e falava calmamente com todos, e olha que era – e é – o bem-sucedido empresário da música eletrônica sócio da famosa gravadora Kompakt, com sede em Colônia (Alemanha). Alguns meses antes dessa primeira e até este momento única turnê pelo Brasil, Mayer conheceu os novos sons que o brasileiro Gui Boratto começava a fazer. Fugindo da eletrônica comercial, Gui conseguiu lançar (em outubro de 2005) o famoso EP ‘Arquipélago’ pelo subselo K2 da Kompakt. As duas faixas do vinil – ‘Arquipélago’ e ‘Simetria’ – em estilo minimal techno deram uma guinada na carreira e na vida do então produtor de jingles e do projeto dance Crossover (com seu irmão Tchorta Boratto e Alissa K). Depois de Gui, a Kompakt lançou trabalhos dos brazucas Dada Attack e Dubshape

Mas vamos à entrevista exclusiva que Michael Mayer me concedeu de ontem pra hoje. Nada melhor do que terminar o ano com uma entrevista com um dos mais aclamdos produtores de techno do mundo, né? Aqui ele conta porque nunca mais voltou ao Brasil, expectativas sobre a gig no Warung (1/1), os planos para 2010, as impressões sobre o Brasil e o que anda fazendo por aqui. E como Mayer me desejou: guten Rutsch!

+1teko – Michael, você está esticando o verão? Depois das festas e festivais no verão europeu você está de volta ao Brasil. Há quanto tempo não vem ao Brasil?
MM – Isso é inacreditável, mas é verdade, não vinha ao Brasil faz 5 anos. Isso aconteceu devido ao nascimento de meu filho Paul, há 2 anos e meio, principalmente. Viajo tanto – quase que a cada fim de semana – então tentava manter as viagens mais longas a um mínimo. Mas agora Paul já pode pegar voos longos e eu estou feliz em mostrar os prazeres de estar no Brasil pela primeira vez pra ele. E ele já está amando!

+1teko – A vibe do verão brasileiro é como a do europeu? Ou tem diferença?
MM – Há semelhanças: Havaianas, biquínis e todas essas coisas, mas o clima é realmente diferente. Na Alemanha quase nunca fica mais quente que 30 graus e não é tão úmido. Essa é a razão pela qual as pessoas não relaxam como se faz em regiões ao sul. Às vezes eu perco esse sentimento em casa. A Alemanha nunca entendeu o conceito de “siesta”… Que vergonha!

+1teko – Você vem tocar no club Warung no primeiro dia de 2010, tem mais apresentações no Brasil e na América do Sul em janeiro? Onde? Quando? É sua primeira vez no Warung?
MM – Será minha primeira apresentação no Warung, então estou muito entusiasmado. Ouvi coisas maravilhosas sobre este lugar. Além disso, tocarei em Santiago do Chile [no club Feria] e no D-Edge, em Sao Paulo. Tive um fim de ano muito exaustivo então estou feliz em ficar focado em aproveitar as belas praias daqui e observar beija-flores.

+1teko – Pretende ver/achar algum novo e brilhante produtor brasileiro como Gui Boratto e Saulo (Dada Attack) para lançar pelo Kompakt? Quem?
MM – Antes de mais nada, quero encontrar Gui e Dada Attack outra vez, também espero que os caras do Dubshape [João Lee e Alê Reis] estejam por aqui porque nós nunca nos encontramos pessoalmente. Não estou aqui numa caçada de novos talentos, mas certamente manterei as minhas orelhas e olhos abertos para novos artistas.

+1teko – O que te inspira nesses dias quentes?
MM – Sou muito fácil de agradar… Passear com a família, natação, churrasco, ler o novo livro de Rainald Goetz, um de meus autores alemães favoritos, e tentar compor alguma nova música. Isso é todo que eu preciso.

+1teko – Além da música que você deve conhecer, o que você acha do way of life brasileiro?
MM – Estou surpreso com a mistura cultural neste país. Aqui em Toque-Toque [praia do município de São Sebastião, SP] estou cercado por pessoas bem sucedidas de São Paulo, principalmente. Eles levam a vida numa boa… A primeira cerveja é às 10 da manhã! Isso é o que eu chamo dedicação.

+1teko – Planos para 2010?
MM – Despois de um ano extremamente ocupado, com muito trabalho de escritório, estou procurando focar em meu lado criativo em 2010. Tentarei gastar o tempo possível no estúdio para trabalhar em meu retorno solo. Também planejo lançar meu terceiro CD mix ‘Immer 3’ pela Kompakt antes de verão [europeu, que inicia em junho]. 2010 está começando com grandes lançamentos de álbuns de Ewan Pearson, Superpitcher e Thomas Fehlmann. Então o futuro não sera nada chato! E tenha uma ‘guten Rutsch’ (algo como ‘boa virada’), como dizemos em alemão. Te vejo na nova década!

EM TEMPO

1- O site Rraurl tem uma ótima entrevista dada por Mayer no final de 2005, pouco antes de vir ao Brasil pela primeira vez. Se joga clicando aqui.

2- O escritor alemão Rainald Goetz, admirado por Michael Mayer, é um entusiástico observador da mídia e da cultura pop. Ele curte filósofos vanguardistas como Foucault e Luhmann bem como DJs de techno, especialmente Sven Väth. O livro mais famoso de Goetz é “Irre” (louco), publicado em 1983. Em 1998 ele lançou os livros “Rave” (livro de contos e peça teatral) e “Jeff Koons” (estranha – dizem – peça de teatro sobre o artista hiperrealista que se consagrou com esculturas em que aparece transando com a atriz pornô Cicciolina). Hoje, Goetz é um autor cult para os intelectuais de esquerda. Segundo a Wikipedia, provavelmente Goetz foi um dos primeiros blogueiros, tendo escrito um diário entre 98 e 99 chamado Abfall für alle (algo como ‘lixo para todos’), e que virou livro mais tarde. Não encontrei nada do autor em portugês, uma pena…

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top djs passam virada de ano em alta temperatura em sc

O verão tá bombando em Santa Catarina. Tem muitos DJs faturando alto com gigs em top clubs – Warung, Green Valley e Kiwi são os principais e ficam na rota Praia Brava (Itajaí) e Itapema, na parte central do litoral catarinense. Gui Boratto está se bronzeando por aqui desde a semana passada, que teve médias de temperatura bem altas! Na terça (29/12), Gui toca na festa de 30 anos da top marca de surf Mormaii. A baladinha rola em Garopaba, sul de Santa Catarina. Conforme o site da marca: “no Espaço Mormaii, na beira-mar em Garopaba, cidade onde a Mormaii nasceu e que é sede da empresa.” Bom, né? E como o menino prodígio do selo Kompakt não faz por menos, traz à tiracolo o amigo Michael Mayer, produtor, DJ e sócio do Kompakt. Esse encontro super legal rola na noite do primeiro dia de janeiro, sexta-feira 1/1/2010, no club Warung. Estou super afim de ver essa dobradinha, na verdade estou louco pra ouvir novamente Michael Mayer. Faz uns quatro anos que ele tocou num início de ano no D-Edge e foi uma noite incrível com um cara supersimpático que toca incrivelmente bem. Imagino como será no Warung, naquela sacada virada pra praia e com o nascer do sol! (na foto acima) Depois conto mais sobre essa festinha.

Voltando às centenas de festas que empregam muitos DJs em Santa Catarina… Ontem li na página do Facebook do DJ Daniel Kühnen, residente do Warung, que ele está com todas as noites bookadas nessa semana até depois do começo do ano. Mas ontem aceitou ainda tocar no Kiwi (vizinho do Warung, na Praia Brava) depois de animar a baladinha Sunset (no pôr-do-sol mesmo!), aqui em Florianópolis.

Mas ainda tem um club descoladíssimo pra inaugurar. Dia 16 de janeiro abre o Blue Coast, entre dois costões num local fora da civilização de arranha-céus de Balneário Camboriú. Quem inaugura a pista é a dupla inglesa Layo & Bushwacka!, que ainda roda o Brasil como parte de uma tour pela América do Sul. Nada como sol e calor pra animar um inglês, né? Eles estão lançando o CD-compilação mixada “Shake it Brasil”, em referência à festa que estão fazendo desde que Layo e sócios fecharam o club londrino The End no começo de 2009. O disco sai no Brasil pela ST2 e 3Plus é muito bom!!! Uma trilha ótima de tech house com lances e disco e minimal. Abre muito bem com a faixa ‘Coco Feel and Love Shonky’ do DJ Shonky!

Aqui em Floripa abriu um complexo que inclui os clubs Pacha e Posh, nada que me anima a ir até Jurerê. Tem ainda o The Life, na mesma linha dos citados, e uma filial da The Week que ainda não sei a programação, mas deve incluir muito tribal e fortões sem camisa. Amanhã (terça 29/12) vou conferir (finalmente!!!) o clubinho Jivago, no centro da cidade, que recebe a movimentada festa paulistana Café com Vodka, sucesso do club Sonique promovida pelo blumenauense Edu Hering.

Ah! E o Gui Boratto soltou o single ‘Notation’ pelo selo brasileiro Lo Kik. Na primeira audição não achei muito inspirador. Vou colocá-lo na lista de ‘sons a ouvir’. Tem remixes de Gabe, DaDa Attack e Rafael Noronha & Rê Dupre.

Local onde está sendo construído o club Blue Coast; na foto estrutura do antigo local

Entrada do club Warung, em Itajaí SC

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festival dos festivais (?)

Estava lendo o blog da Lalai sobre uns festivais fictícios e lembrei de um (quase) festival de DJs que vem por aí, no carnaval e no Rio. Será na verdade a segunda edição da Rio Music Conference, com palestras, discussões e workshops com os insiders do universo da música eletrônica. Depois do business terá folia em cada noite do carnaval. Line up democrático: Armin van Buuren, Erick Morillo, Luciano, Sharam, Locodice e Steve Angelo.

Bom, daí comecei a pensar no festival de DJs que vem por aqui no começo de 2010. Um imperdível é Michael Mayer, dono do selo Kompakt, que toca no D-Edge (9/1). Ainda lembro da outra vez que ele tocou num início de ano lá no D-Edge também.Aliás, estou vendo que Mayer toca com seu protegé Gui Boratto dia 1/1 no club Warung, em Itajaí (SC). Dessa vez eu volto ao Warung pra uma noite e tanto!!!

Ali pertinho, no dia seguinte (2/1), rola o Santa Catarina Music Festival no club Green Valley, em Balneário Camboriú. Estão confirmados Trentmoller, Dennis Ferrer, Sultan, Kasper Bjorke, Audiojack, Tim Healey… Ferrer e Bjorke vão pra lista.

Depois disso, os clubes trazem vários DJs – Jay Haze, Sebastian Ingrosso, Layo & Buschwacka!, Dave Seaman, Sander Kleinenberg, Tiesto, Erik Morillo, Ferry Corsten, Solomun, Bob Sinclair…

Muitos clubes, principalmente no eixo Rio-São Paulo, não divulgaram até o momento suas programações mais detalhadas pro verão 2010. Com certeza o sul da Bahia também recebe uma leva de gringos (não só de DJs) na sequeência do 10˚ Universo Paralello, que também não tem programação fechada.

Sendo assim, não sei o que será de mim quando for programar a jogação no início de ano. Vou seguir a Lalai, ficar só imaginação… Até que paguem a gente (né Lalai!?) pra fazer nosso festival!

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abadá eletrônico – white dress code – omo total radiante

Andy Warhol já sabia tudo sobre o branco e o lucro

Andy Warhol já sabia tudo sobre o branco e o lucro

O abadá eletrônico não vem junto com o convite, que já custa bem caro. O abadá eletrônico deve ser branco, da cabeça aos pés, e pode ser comprado nas melhores butiques dos jardins ou dos shoppings. O resultado será uma incrível massa branca absorvendo muitos deciBells (acho que pode-se usar o aportuguesado decibeis, e lembre-se que agora ditongos descrescentes não têm mais acento) da tal música eletrônica de qualidade. Será um grande desencalhe de roupas de reveillon, só espero que os preços estejam convidativos até sábado quando a grandiosa micareta eletrônica Skol Sensation rolar no Anhembi. Uma boa alternativa é ir em lojas especializadas em roupas brancas para médicos, dentistas e enfermeiros. Próximo aos hospitais sempre tem uma portinha a sua espera. Claro, dispense os jalecos!

Sobre essa festa incrível que vem da Holanda e já passou por vários países sem a gente nunca ter ouvido falar, o Alex Molinardi me mandou direto de Amsterdã esse link onde você pode conferir como é a festinha por lá. E agora há pouco o Digão Dumont, promoter do clube D-Edge, escreveu no meu facebook: “A festa nasceu como uma iniciativa de marca pra lançar o celular Samsung Sensation, que era…BRANCO. 🙂 E depois que a Samsung saiu de cena, a festa virou Sensation White.” Sacou? Se a Skol sair no ano que vem, vira Sensation White aqui também, ou quem sabe algum sabão em pó pega essa novidade. Ao invés de crianças com roupas brancas encardidas, poderiam usar jovens com roupas brancas encardidas chegando em casa da balada e lavando tudo com Omo, Ypê, Ace, Tanto, Minerva, Pop, Assim…

Mas esse lance de abadá eletrônico já contaminou outra festa do mesmo tipo semanas atrás. O festival/rave Spirit of London fez sua versão “white party” no mesmo Anhembi onde vai rolar Skol Sensation. “Ir de Branco neste evento vai significar muito para a festa. A fidelidade de seus frequentadores, a paz em eventos eletrônicos e a certeza de mais uma vez fazer uma festa com tudo o que se tem direito…. Boas Vibrações, musica boa e alto astral!”, é o que diziam os organizadores, mas não posso comprovar que todos foram de branco porque não vou nessas festas cujo line up tem um Gui Boratto perdido entre muitos DJs de gêneros eletrônicos progressivos misturados a drum’n’bass. Nessa Spirit of London teve até “Christian Burns, vocalista do DJ Tiesto”!!! Já o line up do Skol Sensation não empolga muito com seus DJs holandeses pouco conhecidos por aqui misturados ao Gui Boratto. Espero sinceramente que quando o Gui subir ao palco ainda tenha bastante gente na festa, porque ele será o último dessa rave com dress code. Será que pra acompanhar os DJs holandeses o Gui vai resgatar seu passado de dance music comercial?

O abadá eletrônico branco também ganhou destaque na Folha de S.Paulo, que está de olho na possível publicidade que noticiar isso pode ter de retorno. No dia 21 de março o Guia da Folha veio com a manchete “Roupa branca é o novo hit de festas eletrônicas”. Isso porque teve apenas uma white party – a já comentada Spirit of London – antes da Skol Sensation. Haja “forçação” de barra! Claro que a Skol Sensation patrocina a página na internet onde saiu essa matéria!

Pra terminar, desejo tudo de bom aos que se aventurarem pelo Anhembi no sábado. A Beth Ferreira, do Rio, disse que tem de cuidar pra não cair com a roupa branca num brejo lá por aquelas bandas do sambódromo!!! E vou tomar o comentário do DJ Hisato no meu facebook pra terminar de vez isso aqui: “abalô Iemanjá…”

Ooops!!! Esqueci de dizer que vai ter malabaristas, go-go dancers, trapezistas e afins, no melhor estilo Cirque du Soleil, pra animar a galera sensation! E além do reveillon brasileiro, outra festa branca é a Só de Roupa Branca, evento tradicional do Brás, Pari e Bom Retiro que rola no Buffet Érico.

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