(muito) trânsito, suor e cerveja

  

Fachada com jardim do Jivago Lounge, em Florianópolis

Ontem (29/12) fui conhecer o clubinho (no diminutivo mesmo, tanto no tamanho quanto na pretenção) Jivago, aqui no centro de Floripa. Sem ar-condicionado (a temperatura ontem à noite era de 30 graus sem vento e na pista era impossível de ficar); você responde e-mail pra desconto e nome não consta na lista; pra ir no banheiro tem de atravessar a pista de dança minúscula, quente e abarrotada; superlotação (gente! tem de respeitar a lotação das casas, por favor!); e a música da festa paulistana Café com Vodka é qualquer nota entre hits antigos e house semi-bate-cabelo. Não valeu a pena… Ainda bem que fui com amigos de bom papo e conseguimos a mesinha do jardim (na foto acima dá pra ver o pequeno jardim frontal). Mas me disseram que quando a cidade não está bombando de “estrangeiros” as festas são melhores (não terei tempo pra ver isso, quem sabe na próxima vez e fora de temporada).  

O amigo Poveza me pediu fotos da baladinha, mas nem valia a pena tirar fotos da muvuca no Jivago. O lugar fica numa casa que foi residência e depois virou redação da sucursal do jornal A Notícia (um casal de amigos que estava comigo disse que trabalhou ali algumas vezes, na redação que hoje é pista de dança). Aliás, o jornal joinvilense A Notícia foi o último veículo livre que o grupo gaúcho-judeu RBS (Rede Brasil Sul), ligado à Rede Globo, comprou para manter o monopólio da informação no estado de Santa Catarina. Não existe oposição à informação veiculada no estado… perdem o jornalismo, a livre informação e a democracia… e viva os blogs! 

Vista aérea da praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis

Mansões e Ferraris na praia mais cara do litoral de SC

A movimentação é grande em Floripa, que virou reduto de gente que só pensa em desfilar de carro. O engarrafamento era quilométrico ontem (terça 29/12) por volta da meia-noite para entrar na rodovia de acesso à praia de Jurerê. Lá ficam as casas (muitas de muito mal-gosto) dos magnatas que elegeram a parte “internacional” da praia (que um estreita faixa de areia) a Meca do consumo de luxo, ou melhor, a Beverlly Hills catarinense. Eu acho aquilo tudo um lixo, de muito mal-gosto. Um caça-níqueis desenfreado de muito dinheiro que não se sabe de onde vem, quer dizer, tem gente que deve saber e lava a grana por lá. Bom, mas bem antes da praia fica o complexo com as buatchis Pacha Floripa e Posh, sinônimos de garotas de tamancões e microvestidos, garotões sarados de camisas bem-passadas, carrões de luxo e som movido a progressive house comercial. Lá desfilam manezinhos (c0mo são chamados os florianopolitanos natos, como eu) famosos como o nadador e ex-A Fazenda Xuxa e o tenista e empresário Guga Kurten, além de um povo do naipe de Gisele Bundchen, Luisa Mell, Naomi Campbell… E é ali na Pacha/Posh que o trânsito estrangula (como no centrinho da Lagoa da Conceição, do outro lado da Ilha). Sacou?

Voltando do Jivago, na madrugada passada, parei num posto de gasolina já na praia de Ingleses (norte da Ilha) e um garçom, um rapaz simpático e alto de uns 20 e tantos anos, dizia que vai toda noite a Jurerê “servir os playboys, mas eles são gente boa no final das contas”. Assim espero!

8 Comentários

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8 Respostas para “(muito) trânsito, suor e cerveja

  1. Adorei o mapa “Florianópolis for dummies”. As estradas em vermelho até que cortam bem a ilha, né? Não é como Ilha Bela… Me deu vontade de conhecer, manezinho 🙂

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  3. Suzana

    Oi amiguinho manezinho! É de muito mau gosto escrever “mal-gosto”. ok?

  4. Elysangela

    Essa praia é tudo de bom, estive nela 10 dias se pudesse ficava mai 1 ano, quem tiver oportunidade vá, não irá se arrepender.
    A praia é maravilhosa!!!!!!!

  5. I Horst

    Visite Jurere e descubra o quanto voce é pobre e sua espose é feia!

  6. Heitor

    Parceiro, eu tenho uma tara (quem não tem?): fazer o que estou fazendo agora, responder posts antiquíííísimos. Fui a Florianópolis pela primeira vez em abril do ano passado, 2015, voltei lá mês passado. Peguei sol lindo e praias bacaninhas ano passado, agora só chuva. Dá vontade de morar na sua cidade. Não muito tempo. Um ano no máximo. Mas é um lugar que periga não se repetir no Brasil. É interior e caipira até não ter mais jeito (como BH, onde eu moro. Não, BH é mais caipira) e ao mesmo tempo, como toda cidade de praia, tem um astral (pra usar uma gíria bem nova) ótimo. Não conta pra ninguém, mas mesmo este ano, com chuva, eu gostei. E fico planejando voltar lá de vez em sempre, fazer daquilo lá uma espécie de viciozinho secreto. E eu sou pobretão de marré deci (deu pra ver é?), não tenho Ferrari, não gostei de alguma coisa em Jurerê, mas bem pouca. Me dá uma casa lá que eu vou. Gostei da praia de Moçambique. E da Mole. E a Lagoa da Conceição devia se chamar Lollalagoa. Tão alternativazinha… E a coisa mais esquisita do mundo, o que é? É Canasvieiras, aquela velharada toda argentina, cafonéééérrimos, decadentéééérrimos, feíssimos, meu Deus…

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