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glocal e dj glen lançam via berlim

Novidades no front musical. Brasileiros lançam por selos alemães em breve. Glocal sai com single+remixes de “Fancy Romance” em vinil pelo Kassette e o DJ Glen recebeu convite de DJ Hell pra remixar alguma faixa do novo disco dele, que obviamente sai pelo Gigolo.

Há algumas semanas Christoph, ou Click|Click, puxa mais um costumeiro papinho no skype. Ele me contando que a onda minimal techno tá indo pro lado da disco em Berlim, coisa que já dava pra sentir em trabalhos da Ellen Allien e Superpitcher. Resolvi apresentar algumas novidades que andam rolando aqui em São Paulo e trocamos algumas tracks. Acabou que ele ficou apaixanoda em “Fancy Romance” da dupla Glocal. Me surpreendi com a escolha de Christoph porque o selo dele, o Kassette, lançou até agora uma linha mais minimalista de techno. O sócio de Christoph é o produtor M_Ferri que comanda o selo Autist (Channel X, Niko Schwind, Boris Brejcha…). A guinada pra disco/house tá certa e o vinil do Glocal sai em 15 de dezembro em vinil e dois dias depois em digital.

Capa de "Fancy romance"

“Fancy Romance” sairá na versão orginal e nos remixes de Click|Click e Jimmy Edgar. Por enquanto só dá pra curtir a versão original (acima) que Lennox e Dani compuseram há cerca de seis meses! Dani me disse que o remix do Click|Click ficou incrível. “Porra!” E o Jimmy Edgar que também remixou é um desses produtores supercool de Detroit que tá em todas as pistas com “Hot, Raw, Sex” (!K7).  Em julho ele lançou o álbum XXX (!K7) e anda rodando o planeta com ele. O cara também é fotógrafo de moda.

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Ontem à noite, em mais um papo no skype… Dessa vez o Bruno Bignose, uma das cabeças do duo Oblivion, que por sinal lança pelo Autist, me contou uma boa história que rolou na apresentação de DJ Hell no D-Edge, na quinta passada (18/11). Diz que o conterrâneo dele de Americana (SP), o talentoso DJ Glen foi levar pessoalmente ao Hell o disco “What Happened?”, que contém remix dele (ouça abaixo) para a faixa original do produtor americano Abe Duque. Sobre esse lançamento do Glen+Abe Duque você leu aqui. É que o Hell “chartou” (colocou na sua lista de mais tocadas) a versão de Glen e ele ficou orgulhoso e foi lá dar um oi ao alemão. Ele sabe que Hell adora Abe Duque e já lançou músicas dele pelo Gigolo. No fim das contas, Glen entregou um pen-drive com outras músicas e logo recebeu e-mail do Hell parabenizando-o pelo trabalho, que deixou em aberto convite para trabalharem juntos e já pediu um remix para uma faixa do disco dele. Não sei se é do que saiu em 2009, Teufelswerk, ou de um disco novo.

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exclusiva com hard ton, direto do rio

A dupla italiana de ítalo-disco/nu disco Hard Ton – Max Ton e Mauro Copeta aka Wawashi – acabou de chegar no Rio de Janeiro. Antes de ir à praia, o gordinho Max me deu uma rápida entrevista exclusiva! Hoje (10/9) eles se apresentam na festa Buati, no Rio, e amanhã (11/9) desembarcam em São Paulo na festa Luxo Pop Show no Clube Glória. Vai perder???

+1 – O que você pretende tocar no Brasil? Será um show completo do projeto Hard Ton?
HT – No Rio, Wawashi, o homem na sombra, meu parceiro no crime, vai divertir as pessoas com seu bom-gosto musical, mas podem esperar por uma surpresa de minha parte também durante a noite! Em São Paulo, será um live act completo, com algumas faixas inéditas.

+1 – Hard Ton lançou o EP Selfish pelo selo Gigolo e outras faixas na coletânea Gigolo 12, além de faixas em outros selos. Quando vão lançar um álbum?
HT – Atualmente estamos trabalhando no álbum, esperamos que seja lançado no início de 2011, com um single no fim do ano agora. No momento estamos finalizando duas faixas com ‘miss’ Billie Ray Martin que adoraríamos que entrassem no nosso álbum também.

+1 – Você sabe algo sobre a nu disco/disco house brasileira ? (que é muito popular hoje em dia)
HT – Bem, há muita música eletrônica interessante vinda da América do Sul em geral. Meu favorito é o grupo Comeme, é surpreendente. Os fabulosos DJs Parejas fizeram um remix para “Forever No More”, uma das nossas faixas lançadas pelo Gigolo, que ainda não foi lançado, mas quem sabe o que o futuro trará 😉

+1 – Você sabe algo sobre as festas bear gay de São Paulo? Como é esse tipo de festa na Itália? Você costuma tocar nessas festas?
HT – Eu não chequei na web antes de viajar para o Brasil, mas estou curioso para saber mais. Na Itália, a cena bear gay é bem grande, mas geralmente meu tipo de música é muito underground para os bears italianos, entretanto eu toquei em algumas festas bear e foi tão divertido.

+1 – Quem são seus ícones?
HT – James Labrie do Dream Theater, David Bowie, Leigh Bowery, Geoff Tate de Queensryche, Madonna, Mercury Feddy, Jean Jenet, Pier Paolo Pasolini, Prince, Jean Paul Gaultier … Há uma abundância de ícones!

+1 – Algo a dizer para os fãs brasileiros?
HT – Venham para a festa e vamos fazer um samba juntos! Estão todos convidados para se juntar a mim no palco!

+1 – Você pretende passar mais tempo no Brasil para ver / ouvir / provar mais?
HT – Seria ótimo ter a oportunidade de passar mais tempo aqui, acabei de chegar no Rio, e estamos prestes a ir para a praia. Este lugar já nos hipnotizou.

Max Ton

Mauro Copeta

A seguir a faixa “Why Your Love” de Stefano e Bene feat. Hard Ton, com mais 3 remixes.

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hard ton; “selfish”; gigolo

Texto publicado originalmente na revista Mixmag #4.

Mamma mia! Drag disco club italiana!

O que aconteceria se a drag queen Divine fosse capturada por um disco voador e retorna-se hoje, na moderna Itália? A resposta é Hard Ton, que se define uma Divine ou “a maior disco queen do século 21”. Ela confessa adorara Grace Jones (nessa capa ele imita Grace em ‘Island Life’), Giorgio Moroder  e Chelones R. Jones entre outros bons da house. No final do ano passado, DJ Hell deu o toque aqui pra Mixmag e agora o Gigolo lança ‘Selfish’. O ótimo disco com três faixas foi criado pelo produtor Oliver Ton e inúmeras máquinas velhas e novas. Hard Ton costuma animar as noites gays de Bolonha a Veneza cantando em falsete, como Silvester, e lascando na ítalo. ‘Forever No More’ lembra Pet Shop Boys e Culture Club, na voz à la Boy George, e a música fica entre o deep pop e a disco com aroma oitentista. Hit total! ‘Selfish’ é viajante, uma clássica dance disco, e ‘Earthquake’ flerta com um eletrão de baixo gordo com vocais bem diva e muitos efeitos sintéticos.

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dj hell in rio; entrevista exclusiva!

Outdoor do DJ Hell

Desde o Natal que DJ Hell está em contato comigo, parecia excitado por estar retornarndo ao Brasil. O tempo passou, ele tocou numa festa em Bologna, Itália, na passagem de ano e nesse exato momento está se esbaldando nas praias cariocas. Como buon vivant, Hell está entusiasmado com as festas e a semana de moda que agitam o Rio a partir de hoje. [Atenção promoters, ele está louco pra tocar no Rio!] Em Sã Paulo, até o momento Hell está negociando uma data – terça 12 ou sexta 15 –  com o D-Edge, mas ainda não tenho confirmação. Provavelmente ele pegará o começo da SP Fashion Week ainda. Aliás, Hell está sempre ligado nessa vibe fashion-celebrety, como vocês devem lembrar da época do elecroclash quando ele e Miss Kittin borbulhavam em champanhe e poses.

Flashes e holofotes não miram DJ Hell como naqueles tempos, mas ele tenta se reinventar. Você leu aqui no +1teko que ele lançou o álbum duplo Teufelswerk (“trabalho do diabo”, em português) e duas das faixas – e seus remixes – se destacam: ‘The DJ’ com P.Diddy nos vocais e ‘U Can Dance’ cantada por Brian Ferry. Sobre o disco, as músicas, desfiles de moda e o que anda rolando de legal pelos lados do Gigolo Records foi o que rolou na entrevista que fiz com DJ Hell por e-mail ontem. Ele revelou ainda estar preparando a compilação Body Language 9 para o selo Get Physical e disse que vou ficar passado com o projeto Oliver Ton Disco Queen, de Bologna. Pois é, eles tocaram juntos na festa de ano novo por lá.

+1teko – O que você anda fazendo depois de lançar seu último álbum Teufelswerk? (remixes, shows, tour, business, gastando dinheiro…?)
Hell – Boa pergunta. Estou ainda promovendo os singles do álbum com Puff Daddy com vários de remixes feitos por alguns dos maiores remixadores do planeta – Radio Slave, Jay Haze,  Deetron… Parece ser o momento alto deste álbum porque em duas semanas eu apresentarei o novo single com Brian Ferry chamado ‘U Can Dance’, com dois remixes de Carl Craig. Fizemos um vídeo em Londres, em agosto, e agora eu não posso esperar para ver a reação das pessoas sobre essa grande parceria. Também estou em turnê pelo mundo e preparando trilhas para os desfiles de moda em Berlim, Paris e Copenhague. Vou fazer muitas músicas para a passarelas. Em março sairá o novo Body Language [Vol. 9] do selo Get Physical mixado por mim, estou feliz por eles me chamarem para fazê-lo.

+1teko – O que está rolando de novidades no Gigolo? Quem são as estrelas atuais?
Hell – Estamos lançando muitas coisas em todas as direções, mas house e techno ainda são o principal foco. Dá uma olhada no novo single de Oliver Ton com um remix lindo de Toni Lioni ou o novo álbum dos Spychonauts. Tem o CD compilação triplo e não mixado Gigolo 12 que vem com 27 maximal club hits inéditos e muitos novos talentos como Skwerl, Lenior & Meriton, Diskokaine, Makossa & Megablast e mais outras coisas.

Oliver, vocalista dos Hard Ton Disco Queen

+1teko – Você está no Brasil de férias ou a negócio?
Hell – Como sempre, negócios e prazer.

+1teko – Você gosta de vir ao Brasil, quase todos os anos está aqui para ir à praias no Nordeste e se jogar no Rio e São Paulo. O que te pega no Brasil?
Hell – Já sou meio brasileiro e eu já tô pensando em viver aqui por 6 meses e 6 meses na Europa. Meus planos já estão em curso para 2014, quando a Copa do Mundo da FIFA vai mudar o país. E estou muito feliz que o Brasil também terá os jogos olímpicos em 2016.

+1teko – Como você trabalhou com P. Diddy e Bryan Ferry? Foram colaborações on-line ou não? Os resultados são muito bons e as faixas têm muitos remixes, você pretende chamar outras estrelas como eles para trabalhar no futuro?
Hell – Encontrei e me reuni com os dois, que são grandes pessoas e grandes artistas. Eu só posso aprender com os mestres e assisti-los. Espero que haja mais colaborações no futuro.

+1teko – Você e Felix da Housecat terminaram a confusão sobre plágio (Felix acusava Hell) da faixa ‘The DJ’ com P. Diddy? O que aconteceu no final?
Hell – O que aconteceu – no final há um silêncio e eu agradeço a ele por promover o meu single. Essa movimentação dele é frustração e todo mundo agora sabe dos seus problemas. Não quero chegar ao lado pessoal, mas como você pode imaginar nós não somos mais os melhores caras do mundo e ele também tem problemas com outras pessoas. A questão, no final dessa energia desperdiçada, será: onde está a versão de Felix desta canção? E a resposta será –  nunca houve essa versão.

Capa do single "The DJ", de DJ Hell e P. Diddy

+1teko – Todo mundo sabe sobre a sua grande coleção de discos de vinil. Você tem tocado com eles ainda ou mudou para digital? Por quê?
Hell – Uso CDR e vinil ainda, mas em 2010 é hora de entrar no novo mundo do djing. Também trabalho em um novo DJ set ao vivo para 2010.

+1teko – O que podemos esperar da Gigolo e você em 2010?
Hell – Boa música – minimal beats and maximal attention.

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Atualizado!!!

Hora de voar do computador e aproveitar as festas do fim de semana. Se Kasper Bjorke ou Michael Mayer me falarem algo beeeeemmm interessante eu retorno aqui no final de semana. Hoje 8/1 niver do Mau Mau no Hot Hot, amanhã 9/1 niver do Mau Mau no Clash.

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Cacá me lembrou de procurar o vídeo de ‘U Can Dance”! Aí vai!

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DJ Hell – ‘Teufelswerk’ – Gigolo

[Texto publicado originalmente na revista Mixmag #2, nas bancas]

A badalação em torno do selo Gigolo e de Hell caiu bastante nos últimos anos, mas o lançamento deste álbum duplo mostra que Hell continua no caminho entre electro e techno com boa produção, apesar de momentos desiguais. Ele chamou dois nomes fortes do pop – P. Diddy (aka Puff Daddy) e Bryan Ferry – para dar um plus no disco, e os dois se sairam muito bem. A faixa ‘The DJ’ com vocal de P. Diddy é uma das melhores e ganhou diversos remixes que sairam em ótimo EP. ‘U Can Dance’ tem ares oitentistas, por conta de Bryan Ferry, com levada electro muito boa. Mas o disco também descamba para facilidades como simular Neu!, Kraftwerk e DAF – em ‘Electronic Germany’, ‘Bodyfarm 2’, ‘Hellracer’ e ‘Friday, Saturday, Sunday’ – que não acrescentam muito. Todas essas músicas fazem parte do disco intitulado Night. No disco Day o tom soturno é trocado por uma solaridade delicada com ajuda do produtor Peter Kruder. Um bom exemplo é ‘Germania’ com toques orientais nos quais vão sendo incorporados elementos eletrônicos. O ruído domina outras faixas e tem bons resultados em ‘I prefer women to men anyway’, na minimalista ‘Hell’s kitchen’ e na canção à la Jesus and Mary Chain ‘Silver machine’, com participação da dupla ítalo-alemã Marsmobil, que termina com muita chuva. Em tempo, Teufelswerk siginifica ‘trabalho do diabo’, bem ao gosto do senhor Helmut Geier.

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come back

Voltei pra São Paulo! Fiquei 13 dias em Santa Catarina rodando o documentário “À Luz de Schwanke”, do qual já falei aqui nesse blog. Foram dias quentes e abafados, chuvosos ou ensolarados. A maior parte do tempo estive em Florianópolis, mas gravei durante 4 dias em Joinville e 1 dia em Curitiba. Amanhã, quinta, eu e Maurício Venturi, co-diretor desse filme, gravaremos com os críticos de arte Agnaldo Farias e Fábio de Magalhães aqui na cidade. A produção tá intensa. Próxima parada – o roteiro! Descobrimos entrevistas de rádio e outros textos do Schwanke pra  incrmentar a história toda.

No meio da correria passei no blog do Dus Infernus do Vitor Angelo e adorei essa história das roupas que se desmancham no ar. Adeus, Brastemp! Adeus, Omo!

E os 7.645 diamantes  da tal L´Wren Scott, namorado do Mike Jagger? O Ricardo Oliveros fala disso lá no Fora de Moda. Mas, que nome é esse? Quem é ela?

 capa-kevin-gorman.jpg

Então eu tive que prestar beeeeeeemmmm atenção nesse disco do Kevin Gorman pra resenhar pra DJ Mag. Chemestry Lock saiu no fim do ano passado pelo selo International Deejay Gigolo. O cara tá bem com ar de novo queridinho do DJ Hell. O techno que o inglês de Manchester faz é ao mesmo tempo retrô e experimental. Xícaras de grooves de Detroit 1990 + pitadas de energia ruidosa de electro + colheradas de locurinha = encosta-um-pouco-o-minimal-ali-e-vem-dançar! Mas que fique claro que essa receita dá certo nas faixas “Repeat Rocks”, “Voxbox”, “DMX Remake” e “Build on Sam”. O resto é exercício não bem-sucedido. Este é o primeiro álbum de Gorman, que já lançou oito EPs.

Mas eu vi no site Discogs que Robert Babicz – que toca sábado (1/3) no D-Edge e é um reconhecido produtor – masterizou o EP Saucy Kant (Plot Records, Portugal, 2007) de Kevin Gorman. Ele é uma espécie de agitador da eletrônica em Manchester, onde tem o selo Mikrowave e só toca com software original em laptop usando interface MIDI. Confesso que não entendo nada disso, mas adorei as 4 faixas que citei à cima.  

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