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o dogma da ikebana

Acompanhe esse post ouvindo a música acima – “Porrada” (Titãs)

Milhares de imigrantes ilegais estão deixando o Arizona antes que a nova lei anti-imigração entre em vigor na quinta-feira. União Européia diz que o Kosovo é  problema dela e se a Sérvia quiser entrar na UE vai ter de viver em paz com os kosovares e aceitá-los como nação independente. Fernando Collor está na frente na campanha ao governo de Alagoas. Por enquanto, Paulo Maluf terá sua candidatura impugnada através da lei “Ficha Limpa”. PT pede à Folha de S.Paulo que tire do ar – censura? – página com vídeo no qual o candidato a vice do Serra diz que o partido de Lula tem ligações com as FARC e narcotráfico. WikiLeaks detona guerra americana no Afeganistão divulgando mais de 90 mil documentos que mostram a verdade bem mais crua e terrível.

Esses foram algumas das manchetes que me chamaram a atenção hoje pelo noticiário diurno. Mas vamos às amenidades porque de complicada já basta nossa vidinha cotidiana.

Dogma 95 – Lembro da náusea que senti ao assistir “Os Idiotas”, de Lars von Trier. Me esforcei para continuar vendo aquele filme com câmera-na-mão balançando sem parar. A náusea é aliviada por um breve momento, logo no início do filme, quando se descobre o golpe que um bando de amigos dá no status quo da sociedade dinamarquesa explorando a idiotice para sobreviver. Um riso rápido e irônico e o navio de von Trier continua a navegar e a nos jogar contra nossas hipocrisias.

E pra rever essa saga cinematográfica que começou em 1995 com o movimento Dogma, rola entre hoje 27/7 e 3/8 a mostra “Dogma 95 – 15 Anos Depois” na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Estão em cartaz os títulos “Os Idiotas”, “Corações Livres”, “Mifune” e “Nas Suas Mãos”. Como diz Inácio Araújo na Folha de S.Paulo hoje, é uma pena que o ótimo “Festa de Família”, de Thomas Vinterberg, não esteja na mostra; é um soco no estômago. No último dia – terça 3/8 – acontece projeção de “Os Idiotas” seguida de palestra de Bodil Marie S. Thomsen, professora associada de Cultura e Mídia no Departmento para Estudos Escandinavos da Universidade Aarhus, Dinamarca.

Ikebana – Toda vez que vou à estação do metrô Liberdade dou uma olhada na ikebana (ou kado) exposta na vitrine perto das bilheterias. O arranjo floral é uma das mais belas artes japonesas, ao meu ver. E a partir de hoje até quinta-feira tem uma exposição de 60 arranjos florais no Centro Cultural São Paulo. A mostra é comemorativa dos 50 anos de fundação da Associação Floral Kado Iemoto Ikenobo da América da Sul.

Na Wikipedia consegui um bom texto sobre essa arte nipônica: “Ikebana (em japonês: 生け花, “flores vivas”) é a arte japonesa de arranjos florais, também conhecida como Kado (em japonês: 華道 ou 花道, Kado) — a via das flores.

Ikebana é uma arte floral que originou na Índia onde os arranjos eram destinados a Buda, e personalizada na cultura nipônica, pela qual é mais conhecida. Em contraste com a forma decorativa de arranjos florais que prevalece nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor. Enquanto que os ocidentais tendem a pôr ênfase na quantidade e colorido das cores, dedicando a maior parte da sua atenção à beleza das corolas, os japoneses enfatizam os aspectos lineares do arranjo. A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, caules, folhas e ramos, além das flores. A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adaptadas em função do estilo e da Escola.”

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Pra quem ainda não viu o vídeo com o Sr. Indio da Costa, candidato a vice-presidente da chapa de José Serra, falando que o PT tem ligação com narcotráfico e FARC, ei-lo abaixo.

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